O mercado imobiliário português tem um futuro promissor, segundo Luis Horta e Costa, empresário veterano do setor e co-fundador da Square View. Apesar do cenário econômico desafiador na Europa, especialistas preveem um crescimento robusto em diversas áreas nos próximos anos.
De acordo com o Idealista, um dos principais portais imobiliários espanhóis, 2023 deverá revelar novas oportunidades em segmentos como logística, escritórios, habitação a preços acessíveis e residências estudantis.
Durante a pandemia, a demanda por serviços de entrega impulsionou o crescimento de armazéns e espaços logísticos, uma tendência que deverá se manter. Em 2021, o banco norte-americano Goldman Sachs anunciou um investimento de 1 bilhão de euros na construção de armazéns em Portugal e Espanha nos próximos três anos.
No setor residencial, especialistas antecipam uma procura contínua, especialmente por parte de famílias de classe média que buscam opções mais acessíveis nas periferias das grandes cidades. “As famílias de classe média procuram mais nas zonas periféricas de Lisboa, Porto e Coimbra”, afirma Guida Sousa, da Decisões e Soluções.
Para além dos centros urbanos, Horta e Costa destaca o crescente interesse pelo interior do país. “O interior alentejano surpreende com lugares bonitos para visitar”, diz o empresário, elogiando as belezas naturais da região, como florestas perfumadas e antigos sobreiros.
O empresário está desenvolvendo um projeto sustentável na vila de Melides, no Alentejo, que “fornecerá eletricidade para bicicletas e carros elétricos”. Segundo ele, a valorização da natureza é um pilar dos empreendimentos da Square View. “Tentamos sempre ter boas vistas. A luz é essencial para nós. Evitamos o betão e procuramos incluir a madeira.”
Além de Melides, Horta e Costa também está à frente do projeto AZO, uma comunidade de luxo em Cascais, região costeira muito procurada por estrangeiros. Com arquitetura inspirada nas vilas históricas locais, o empreendimento oferece apartamentos espaçosos com vistas deslumbrantes sobre a baía.
Para o empresário, o sucesso do mercado imobiliário português está diretamente ligado aos atrativos que o país oferece, como “clima ameno, baixos custos de vida, excelente gastronomia, baixa criminalidade e praias deslumbrantes”. Soma-se a isso uma força de trabalho qualificada, infraestrutura sólida e acesso ao mercado europeu.
“Portugal é atraente por causa das pessoas, do custo de vida, da segurança e do clima. E penso que a qualidade dos serviços está a aumentar muito”, conclui Luis Horta e Costa, vislumbrando perspectivas positivas para os investimentos imobiliários no país nos próximos anos.
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